O Brasil entra em alerta para o desperdício de água. Levantamento do Instituto Trata Brasil (ITB) mostra que o país não controla de maneira eficiente o uso do recurso natural no país.
Com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o estudo demonstra que a água potável perdida em diversas operações, abasteceria toda população do Rio Grande do Sul, 10,6 milhões de pessoas, por no mínimo 5 anos.
Cerca de 32 milhões de brasileiros sofrem com a ausência de água tratada no Brasil. Em paralelo, o índice de perdas na distribuição totaliza 38% de desperdício, antes de chegar às residências em todo território nacional.
O Brasil desperdiçou, somente em 2022, cerca de 7,0 bilhões de metros cúbicos, equivalente a 7.636 piscinas olímpicas de água tratada.
A falha na distribuição pode ser motivada por vários fatores, como por exemplo, vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados.
Essas perdas trazem prejuízo ao meio ambiente, consequentemente ao lucro da produção das empresas, além de encarecer o sistema e impactar o bolso do consumidor.
Nos países desenvolvidos, a média de desperdício é de 15%, enquanto no Brasil, durante a medição do estudo, em 2022, a taxa foi de 35%, ou seja, 20 pontos percentuais acima.
O levantamento aponta que a região Norte lidera o desperdício com 46,94%, seguido do Nordeste com 46,67%. O Sudeste tem a menor taxa de falha nas operações, com 33,90%.