Justiça amplia prazo para trabalhador pedir desligamento da LG em Taubaté

Os funcionários com as demissões suspensas da LG, que queiram a rescisão do contrato, devem informar a intenção à empresa até às 18h desta quinta-feira (4). A empresa, em Taubaté, demitiu 453 trabalhadores em dezembro, mas as demissões foram suspensas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A Justiça estendeu o prazo para manifestação dos trabalhadores depois que ficou definido na audiência da última semana o período de até 48 horas para o pedido – porém, o prazo não constava na ata da audiência. Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos contestou o período e informou aos trabalhadores, em nota oficial, que não havia prazo definido.

“Essa falha de comunicação, tanto na ata, quanto na nota oficial, certamente deixou alguns empregados com a falsa impressão de que não mais teriam prazo”, informou a Justiça do Trabalho nesta quarta-feira (3).

Os funcionários que pedirem demissão devem receber até a próxima segunda-feira (8). O pedido deve ser feito por escrito à LG. A data da homologação será agendada pelo sindicato e informada posteriormente.

Impasse
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, que representa os trabalhadores da LG, quer a reversão das 453 demissões. A empresa alega que as demissões são necessárias por conta da crise que reduziu a demanda por produtos fabricados pela empresa.

Após tentativas de acordo em audiências no TRT, o caso deve ir para julgamento. Como não há prazo para a decisão definitiva, o desembargador do tribunal, Samuel Hugo de Lima, determinou na última semana que a LG pague os salários dos trabalhadores com as demissões suspensas até o final do processo.