São Paulo precisa de R$ 3,5 bilhões para a construção de oito “grandes” obras que servirão a partir de 2015 para o enfrentamento da crise do abastecimento de água na região, disse o governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira (10) após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. “O que nós propusemos ao governo federal foram novas obras, oito obras, e o valor dessas obras será de R$ 3,5 bilhões, o orçamento total das obras. O governo de São Paulo precisará do máximo que o governo federal puder. Pode ser recurso a fundo perdido, do Orçamento Geral da União, ou pode ser financiamento, e nós temos uma boa capacidade de financiamento,” disse o governador.
Segundo Alckmin, um grupo de trabalho foi criado para que a União e o governo estadual possam se reunir para discutir como se daria o repasse dos recursos federais a São Paulo, para quais obras e os valores. O colegiado, segundo afirmou, se reunirá na próxima segunda-feira (17) pra discutir o assunto.
Geraldo Alckmin apresentou as oito obras que são necessárias para a região: interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; construção de dois reservatórios em Campinas; adução dos reservatórios; Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR) Sul de São Paulo; EPAR Barueri; interligação do Jaguari com o Atibaia; interligação do Rio Grande com o Guarapiranga; e poços artesianos no Aquífero Guarani.
A jornalistas, Alckmin afirmou no Palácio do Planalto ter apresentado à presidente, além das oito obras necessárias para o estado, os sete sistemas de abastecimento de água existentes na região. Segundo o governador, duas obras devem ser entregues em 2015 e as demais, em até três anos.
Conversa mais aprofundada – A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, não confirmou se o governo federal irá repassar toda a verba pleiteada por São Paulo. Segundo ela, o valor dependerá dos estudos a serem apresentados na semana que vem sobre cada uma das obras. “Não se discutiu o montante de recursos nessa reunião. Muito comum a presidente dizer que depende da importância das obras a serem realizadas. Se, nessa conversa direta, estiverem claras as importâncias dessas obras, poderemos até apoiar tudo, mas isso vai depender dessa discussão”, disse Miriam.
Ela explicou que ainda não se discutiu a origem do dinheiro que seria repassado. “Uma parte [da obra apresentada] sequer projeto tem, então o desembolso não é de curtíssimo prazo”, justificou. De acordo com a ministra, a presidente Dilma “viu com bons olhos o conjunto das obras”. No entanto, afirmou, será preciso “uma conversa mais aprofundada para que ela bata o martelo no que o governo federal ajudará São Paulo”.