Campeã peso-galo do UFC, Ronda Rousey já alcançou o status de celebridade, não só nos EUA, mas também em outros países ao redor do mundo, como o Brasil. Conhecida por vencer as lutas de forma rápida e impiedosa, a americana revelou, em entrevista ao programa “UFC Tonight” desta quarta-feira, que tem um ritual pós-luta e que ele inclui alguns momentos de realização.
– Há algumas etapas. Quando eu vou para a tenda médica, é o meu primeiro momento quieto, quando não tem muita gente me olhando. Então eu tiro o cinturão e coloco na mesa e aí eu ainda tenho o teste antidoping e a coletiva de imprensa. Quando volto, tomo banho antes de sair para comer as asinhas de frango, e esse é o meu primeiro momento sozinha de verdade. É aquele momento em que você olha para o espelho e se pergunta: “O que eu acabei de fazer hoje?”. E aí eu tomo o que eu chamo de “banho feliz”, porque não consigo parar de gargalhar de tão feliz que estou no chuveiro. E, depois, é quando como as asas de frango. Então são três momentos (de realização).
Questionada sobre qual das 12 lutas de MMA feitas até hoje teriam lhe propiciado o momento mais feliz no chuveiro depois de um duelo, a ex-judoca foi sincera:
– O momento mais feliz no chuveiro até hoje foi depois da luta contra a Cat Zingano. Demorou um pouco para eu parar de rir e sair do chuveiro. Eu estava muito feliz, porque há muito estresse envolvido em uma luta.
Ronda também falou sobre o seu próximo desafio, marcado para o dia 14 de novembro conta Holly Holm, na luta principal do UFC 193, em Melbourne, na Austrália
– A única coisa que todas as minhas adversárias esperam é que eu entre apressada. Com a Holly eu realmente terei que ter paciência, porque, na maioria das vezes, as minhas adversárias tentam sair da minha frente, tentam manter a distância e correr ali dentro para me deixar frustrada. Isso é algo que eu não vou poder fazer com a Holly. Ela é o tipo de pessoa para o qual eu vou ter que me preparar para algo e fazer imediatamente.
A loura também se disse aliviada por não ter um clima de rivalidade contra Holly tão forte quanto o que teve contra Bethe Correia, em agosto passado.
– Eu não preciso disso. É até legal enfrentar alguém que você não tem nada contra. É muito cansativo enfrentar alguém que você não gosta. Isso te desgasta muito. É a minha terceira defesa de cinturão em nove meses e é legal não precisar me preocupar com isso. Com a Bethe, eu tentei até prolongar a luta. Ela foi para o chão e eu não a segui, ela tentou clinchar e eu não a derrubei, porque eu realmente queria finalizá-la de uma forma específica, queria nocauteá-la. Contra a Holly, estou com a cabeça bem mais aberta, vou aproveitar a primeira oportunidade ou o que surgir. Eu sinto que vou mostrar muito mais do que sou capaz em vez de focar apenas em uma coisa – finalizou.