Prata em Londres, Thiago Pereira abre mão dos 400m medley no Rio 2016

Abrir mão da prova que lhe deu sua primeira medalha olímpica não foi fácil. Desde Londres 2012, quando conquistou a prata, Thiago Pereira vive um impasse em seguir ou não disputando os 400m medley – apontada por muitos como a prova mais dura da natação. O nadador brasileiro chegou a dizer que tentaria o índice olímpico no Troféu Maria Lenk, de 15 a 20 de abril, para depois bater o martelo se competiria ou não nela nos Jogos do Rio. Thiago, no entanto, sequer se inscreveu para a disputa na última seletiva, abrindo mão da briga pela pódio. O foco do nadador do Minas será os 200m medley.

A primeira medalha olímpica veio justamente nos 400m medley, em Londres 2012. Na ocasião, as estrelas americanas Michael Phelps e Ryan Lochte disputaram a prova. Lochte foi ouro, e Thiago levou a prata, superando Phelps, que terminou na quarta posição. No Rio 2016, é provável que nenhum dos dois americanos nadem esta prova, nem o húngaro László Cseh (prata em Pequim 2008). O brasileiro, no entanto, diz preferir estar com todos os seus fortes e experientes rivais na água e não acredita que a ausência deles deixe a briga pelo pódio tão mais fácil quanto possa parecer.

– Não vou pegar uma prova só porque, como algumas pessoas falam: “a prova está aberta”. Na verdade, está, mas não está. Está mais aberta com a saída do Phelps e do Lászlo (Lochte ainda não decidiu se nada ou não). Mas tem uma galera nova que está bem nessa prova. Então, não está tão aberta, tão tranquila assim. Rola uma pressão, mas não me incomoda. Não vou nadar por isso – disse Thiago Pereira, no mês passado, antes de bater o martelo se disputaria ou não a prova no Rio.