Polícia remove barricadas de estudantes em Hong Kong

A polícia de Hong Kong começou a remover as barricadas dos manifestantes pró-democracia do centro da cidade nesta segunda-feira (13). A ação ocorreu em frente ao Admiralty, o quarteirão que reúne diversos Ministérios nacionais, e Mongkok. Os dois eram os principais locais dos protestos contra o governo. Porém, a medida surpreendeu os manifestantes, que não foram avisados da remoção.

    Em comunicado, os policiais afirmaram que a medida foi tomada para permitir “um tráfico regular” e que não tem como objetivo remover os estudantes que protestam por mais democracia nas eleições de 2017. A ação foi tomada um dia depois do chefe-executivo do país, Leung Chun-ying, afirmar que não iria se demitir do cargo, como pediam os manifestantes, e que o movimento “não tem nenhuma possibilidade” de atingir seus objetivos.

    Já os jovens que estavam nas ruas afirmam que “homens mascarados” tentaram arranjar confusão durante a retirada das barricadas. Segundo eles, essas pessoas eram ligadas à máfia chinesa e os policiais nada fizeram para defender os estudantes que estavam nas ruas.

    Desde o dia 28 de setembro, milhares de manifestantes da cidade ocuparam algumas das principais ruas de Hong Kong para pedir que seja instaurado um sistema político “realmente” democrático na região. Nos últimos dias, após eles se retirarem de alguns pontos estratégicos, o número de pessoas nas ruas diminuiu sensivelmente e, hoje, há apenas dezenas de pessoas nos pontos de protesto.

    China Dois ativistas democráticos chineses – que haviam participado dos protestos em Hong Kong – foram presos em Pequim na última semana, segundo órgãos de grupos humanitários internacionais.

    Zhang Xiuhua e Li Rong foram acusados de “aumentar polêmicas e causar problemas”, uma acusação genérica que revoltou as entidades que defendem os direitos humanos. (ANSA)