O que fez um homem entrar no recinto dos leões no Zoo de Barcelona?

Chama-se Justo José M.P., segundo os meios de comunicação social espanhóis, e tem 45 anos. Estava vestido como um militar e, no domingo passado, decidiu entrar no recinto dos leões, no Jardim Zoológico de Barcelona, aparentemente com a intenção de lá colocar uma faixa de protesto. Porém, assim que foi avistado pelos animais, Justo José foi arrastado e atirado para o fosso pelos leões.

Segundo o El País, os trabalhadores do jardim zoológico, assim como os bombeiros e a guarda urbana de Barcelona, intervieram prontamente com mangueiras, tentando afastar com jatos de água os animais da sua presa. Antes disso, já os visitantes do Zoo tinham atirado pedras aos leões com o intuito de os obrigar a parar o ataque. Enquanto os funcionários acalmavam os leões dando-lhes comida, foi possível resgatar o homem, transportado para o hospital Vall d’Hebron, onde permanece em estado crítico com ferimentos em todo o corpo.

A vítima já tinha sido protagonista de outros incidentes na cidade de Barcelona: no passado mês de novembro, fora detido por pendurar na fachada do edifício modernista de La Pedrera, de Gaudí, faixas com suásticas nazis nas quais escrevera “aborto assassino” ou “40 mil crianças por ano, Hitler novato”.

Já em setembro, José Justo tinha queimado uma bandeira do movimento independentista catalão em frente da estátua de Rafael Casanova, figura icónica da Catalunha, no dia da festa oficial da região.

Ainda que o homem tenha entrado deliberadamente no recinto dos leões, o diretor dos serviços municipais de Barcelona, Ignasi Armengol, já admitiu a possibilidade de serem reformuladas as medidas de segurança no Jardim Zoológico. O responsável defendeu, no entanto, que se trata de um caso isolado e excecional, que nunca tinha ocorrido nos mais de cem anos de história do Zoo.