O incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa completa uma semana nesta segunda-feira (28). O prédio, vizinho à Estação da Luz, teve sua estrutura consumida pelas chamas por volta das 16h de segunda-feira (21). A Estação da Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) segue interditada, embora as estações de Metrô que levam o mesmo nome permaneçam funcionando. Trens da CPTM e de carga não circulam pelo trecho afetado.
Funcionário do museu, o bombeiro civil Ronaldo Pereira, de 39 anos, morreu tentando combater o fogo. Ele foi socorrido com parada cardiorespiratória pelo Corpo de Bombeiros e levado pelo Samu ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu. Apesar da destruição do edifício, será possível recuperar o acervo virtual guardado em cópia de segurança.
O governo de São Paulo iniciou na quarta-feira (23) obras emergenciais para dar estabilidade às ruínas e permitir a desinterdição da Estação da Luz da CPTM. Técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) avaliam o impacto do incêndio e as obras necessárias. Neste domingo (27), técnicos pediram mais obras de reforço antes de voltar a avaliar a liberação. Eles estimam que serão necessários pelo menos mais dois dias de obras.
O prédio onde fica o museu foi inaugurado em 1901. Já o Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado oficialmente no dia 20 de março de 2006 e abriu suas portas ao público no dia 21 de março daquele ano. Em seus três primeiros anos de funcionamento mais de 1,6 milhão de pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.
O Museu da Língua Portuguesa foi desenvolvido e implantado pela Fundação Roberto Marinho por meio de um convenio com o governo do estado de São Paulo. O museu é dedicado à valorização e difusão da língua portuguesa.