O peruano Paolo Guerrero compareceu nesta quinta-feira à sede da Fifa, em Zurique, para seu julgamento sobre o caso de doping. Durante cerca de quatro horas, o atacante do Flamengo ouviu os argumentos da defesa e da acusação e ao término da audiência, deixou o local bastante animado.
“Estou tranquilo, porque sou inocente. Vim até aqui, na Suíça, para mostrar isso. Graças a deus, consegui todas as provas que são fundamentais. Agora, é só aguardar a resposta da Fifa”, declarou. “Estou seguro (de que vou ser absolvido), confiante, porque sou inocente. Já demonstrei uma grande parte e, agora, só falta tomarem a decisão.”
Guerrero se mostrou cansado pela duração do julgamento, mas atendeu os jornalistas e mostrou bastante confiança em sua liberação. O veredicto da Fifa deverá acontecer já na semana que vem. “O julgamento foi de 4 horas, durou muito tempo. Mas, graças a deus, conseguimos provar tudo. Agora, está nas mãos da Fifa.”
O jogador responde à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia de 2018, no dia 5 de outubro. Por isso, foi suspenso preventivamente pela Fifa.
A principal suspeita era justamente sobre o uso de cocaína, mas o atacante garantiu que esta possibilidade já foi descartada pela entidade. “Está descartado o uso de cocaína, isso não conta mais”, afirmou o jogador, que ainda explicou: “A quantidade (encontrada de benzoilecgonina) é muito pequena, não chega a ser considerado doping”.
Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem da Copa do Mundo de 2018, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, o país garantiu vaga no Mundial, que seria o primeiro do atacante. Mas antes de sonhar em disputar o torneio, ele quer apenas voltar a jogar futebol.
“Se trata da minha carreira. Antes de pensar em jogar o Mundial, quero resolver e voltar a jogar futebol. Nestes 30 dias, cortaram minhas pernas, porque eu não podia jogar. Então, primeiro quero resolver isso. Depois, veremos”, comentou.