GM prevê suspensão de contrato de trabalhadores da planta em São José

A montadora General Motors informou ao sindicato dos Metalúrgicos nesta quinta-feira (24) que pretende adotar novo ‘lay-off’, sistema de suspensão dos contratos de trabalho, para os funcionários da planta de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

A intenção foi informada durante reunião com a categoria nesta quinta-feira e a partir de agora serão realizadas reuniões para definição dos moldes que serão adotado para o ‘lay-off’ – prazo, números de funcionários e setores afetados.

O sindicato dos Metalúrgicos informou, por meio de nota, que é contrário ao ‘lay-off’ e classificou a medida como “desnecessária”.  A categoria também cobra intervenção do governo federal.

Nesta quinta-feira, o sindicato também protocolou um ofício pedindo estabilidade no emprego, redução da jornada e cumprimento dos acordos coletivos que preveem um total de R$ 3 bilhões em investimentos na fábrica de São José dos Campos.

Segundo a GM, a medida não tem data prevista para ocorrer. O objetivo, segundo a multinacional, é ajustar a produção a atual demanda do mercado brasileiro.

O complexo de oito fábricas da montadora em São José dos Campos emprega cerca de 6 mil trabalhadores e produz os modelos S-10 e Trailblazer.

Demissões O último ‘layoff’ adotado pela empresa aconteceu a partir de agosto de 2012, após anúncio da intenção da montadora de fechar o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), responsável pela produção de quatro modelos. Na ocasião, 940 funcionários participaram da medida.

Em março de 2013, após o retorno destes trabalhadores à linha de montagem, 598 funcionários foram demitidos. O setor reduziu a produção ao longo do ano e em dezembro encerrou definitivamente as atividades em 31 de dezembro, demitindo outros 687 empregados.

Somente no ano passado, foram fechados mais de 1,2 mil postos de trabalho no complexo industrial de São José.