GM e Ford põem trabalhadores em férias a partir deste mês no Vale

Com as vendas da indústria automotiva em queda, as plantas de General Motors e da Ford, no Vale do Paraíba, vão conceder férias coletivas aos trabalhadores a partir deste mês. Apenas a Volkswagen não prevê paralisação na produção.

Na GM, em São José dos Campos, a paralisação está programada para acontecer entre os dias 5 e 18 de janeiro, para os três turnos, em praticamente todos os setores – exceto a área de transmissão.

A empresa informou que a paralisação é tradicional e não tem relação com a desaceleração do mercado. Neste ano, os trabalhadores já pararam as atividades em férias coletivas entre 6 e 20 de janeiro e, em outras duas ocasiões, em abril e junho respectivamente.

A unidade da GM no Vale tem cerca de seis mil funcionários e produz os modelos Picape S-10 e Trailblazer. Também estão previstas férias coletivas em São Caetano do Sul e Gravataí, a partir de 22 e 29 de dezembro respectivamente

Na Ford, em Taubaté, as férias coletivas dos operários vão começar no próximo dia 15 e os trabalhadores retornam no dia 2. No setor administrativo, a paralisação começa no dia 22, com mesma data de retorno. Apenas áreas consideradas essenciais não serão atingidas pela medida.

Neste ano, as férias coletivas da Ford aconteceram em períodos semelhantes aos previstos para 2015. A empresa também nega que as férias coletivas no próximo ano estejam relacionadas à crise na indústria automobilística.

A unidade no Vale do Paraíba conta com 1,5 mil trabalhadores e produz transmissões e motores Sigma 1.5, usados nos modelos novo Ka e New Fiesta. Neste ano a planta colocou os operários em férias coletivas entre os dias 9 e 27 de junho.

Na Volkswagen, em Taubaté, os trabalhadores terão folga, em sistema de compensação, nos dias 29, 30, e 2; além de meio período nos dias 24 e 31. Não há previsão de férias coletivas. Neste ano, a empresa colocou trabalhadores em férias coletivas por 10 dias a partir de 25 de agosto.

Sindicato
Para Luiz Carlos Prates ‘Mancha’, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, apesar de serem paralisações programadas e que aconteceram também neste ano, há preocupação com a situação.

“As montadoras dispensaram muitos trabalhadores neste ano, de maneira geral, e há uma preocupação de que essa situação econômica desfavorável seja jogada nas costas dos trabalhadores”, disse.

Ele apontou que o período das coletivas em janeiro deve ser usado pelas montadoras para tentar reduzir os estoques.