GM abre plano de demissão voluntária na unidade de São José dos Campos

A General Motors (GM) abriu nesta segunda-feira (2) um Plano de Demissão Voluntária (PDV) na unidade de São José dos Campos (SP). Segundo a empresa, medida tem como objetivo adequar a produção à atual demanda do mercado. Detalhes sobre o número de funcionários que a empresa pretende atingir não foram informados.

Segundo a GM, os trabalhadores interessados na proposta podem fazer a adesão ao plano até o dia 10 de fevereiro. O modelo do PDV, é o mesmo aplicado na unidade da montadora em São Caetano do Sul. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a medida já estava prevista desde agosto, quando foi negociada a suspensação dos contratos de trabalho de parte dos funcionários.

“Fomos comunicados nesta segunda pela manhã e os trabalhadores receberam o comunicado ao longo do dia. Somos contrários, porque isso significa fechamento dos postos de trabalho e sabemos que não há necessidade de realizar o PDV. Nós vamos acompanhar e, se houver pressão, vamos parar a fábrica”, afirmou o presidente do sindicato Antônio Ferreira de Barros, conhecido como Macapá. A unidade em São José conta atualmente com cerca de cinco mil empregados.

Nesta quinta-feira (5) chega ao fim o período de suspensão dos contratos de 798 trabalhadores da fábrica na cidade. O layoff teve início no dia 8 de setembro com duração de cinco meses. Na ocasião, foi acordado a estabilidade nos empregos após a volta das atividades, que deve acontecer no início da próxima semana.

De acordo com Macapá, o sindicato tem cobrado do governo federal a aprovação de uma medida provisória que garanta a estabilidade nos empregos na indústria e também segue em campanha para redução da jornada de trabalho no setor, que passaria de 40 para 36 horas semanais.

Avibras
O Sindicato dos Metalúrgicos também informou que a licença remunerada dos funcionários da Avibras em Jacareí (SP) foi prorrogada até o dia 19 de fevereiro. Os trabalhadores deveriam ter retomado as atividades na fábrica nesta segunda-feira (2), mas a empresa decidiu por adiar a volta.

De acordo com a entidade, os pagamentos de dezembro e janeiro ainda não foram realizados. A empresa também não efetuou o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), benefício concedido anualmente aos cerca de 1,5 mil empregados.