Flamengo vence lanterna Coritiba e deixa a zona de rebaixamento

No sufoco, com o coração na garganta. Mas o Flamengo, enfim, deixou a zona de rebaixamento após nove rodadas no Brasileiro. Com um gol de Everton, o time rubro-negro venceu o Coritiba no Couto Pereira por 1 a 0. Foi o primeiro gol rubro-negro fora de seus domínios no Brasileiro deste ano, assim como a primeira vitória fora de casa na competição.

Com o resultado, o time de Vanderlei Luxembrugo chegou aos 16 pontos no campeonato e agora é o 13º na tabela. Já o Coritiba, que não teve o craque Alex, lesionado, permanece na lanterna da competição, com 12 pontos.

Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Atlético-MG, quarta-feira, às 22h, no Maracanã. Já o Coritiba joga de novo em casa, também na quarta-feira, às 21h, contra o Vitória.

O jogo

Com histórico de fracasso como visitante no Campeonato Brasileiro, o Flamengo tentou surpreendeu o Coritiba mudando a postura. Logo de início, saiu para o ataque, tentando pressionar o time da casa em seu campo e forçando investidas pelos lados.

Desde o início ficava claro que Everton seria boa válvula de escape como elemento surpresa. E, mais recuado, Canteros mostrava boa visão de jogo e bom passe. Aos 12 minutos, ele lançou de maneira soberba para Everton na área. O camisa 22, sozinho, cabeceou por cima do gol e perdeu ótima chance.

A pressão rubro-negra deixava o Coritiba tonto. Lanterna do Brasileiro, o time de Celso Roth encontrava dificuldades para sair jogando. E com 16 minutos foi vítima da própria deficiência. Em bola recuada, Baraka tentou dominar e perdeu o tempo da bola com um quique.

Esperto, Everton roubou a bola e disparou rumo ao ataque, perseguido pelos zagueiros, mas não houve jeito. De pé direito, ele bateu bem e abriu o placar no Couto Pereira. Flamengo 1 a 0. O gol obrigou o Coritiba a acordar na partida e buscar ao menos o ataque. E teve duas boas oportuniades.

Primeiro em cabeçada de Germano, aos 21 minutos, que tocou a rede pelo lado de fora e animou a torcida. Depois em jogada de Geraldo, que limpou dois marcadores e bateu à esquerda de Paulo Victor, com 25 minutos. O Flamengo mantinha o combate no meio de campo e, com 28 minutos, perdeu chance incrível.

Everton fez boa jogada, foi à ponta esquerda e cruzou para a grande área. Alecsandro se anteicpou à zaga, mas deu uma de defensor: com a chapa do pé, tocou para fora. O jogo era animado, com idas e vindas. Aos 29 minutos, Norberto pegou rebote e chutou, mascado, de fora da área. Paulo Victor, um pouco adiantado, deu um passo para trás e espalmou que veio em sua direção sem sobressaltos.

A pressão do Coritiba a essa altura era maior. Bolas alçadas à área, tentativas de empate no sufoco. O Flamengo se segurava. O último grande lance da primeira etapa ocorreu aos 39 minutos, quando Robinho entrou na área rubro-negra pela esquerda e rolou para trás. De frente para o gol, o zagueiro Leandro Almeida perdeu ótima chance e bateu para fora.

Na volta para os segundo tempo, ambos os times mexeram. Vanderlei Luxemburgo tirou Eduardo da Silva, ainda sem a condição física ideal para um jogo inteiro, para a entrada de Lucas Mugni. No Coritiba, Keirrison e Helder entraram nos lugares de Baraka e Reginaldo.

Mas o ritmo do jogo caiu. O Flamengo manteve a marcação forte diante da vantagem e o Coritiba, sem tanta inspiração, tentava apenas alçar bolas na área. Aos oito minutos, Robinho errou cruzamento e assustou Paulo Victor, mas a bola passou sobre o gol.

Com o jogo mais arrastado, Luxemburgo fez duas mudanças no Flamengo em busca de mais fôlego. Saíram Alecsandro e Recife para as entradas de Arthur e Amaral.

As chances rarearam. O jogo ficou mais nervoso. Mugni errava muitos passes pelo Flamengo, Robinho errava pelo clube. Aos 36 minutos, o atacante do Coxa acabou expulso por puxar Márcio Araújo e receber o segundo cartão amarelo. A tarefa ficou mais fácil para o Flamengo. Aos 40 minutos, o time perdeu chance incrível de definir o placar.

Arthur foi lançado na área, ficou com apenas Leandro Almeida à frente. Tentou gingar, cavou uma queda e foi facilmente desarmado. Por sorte, o Flamengo não precisou do gol para, enfim, deixar a zona de rebaixamento.