Suspeito de participar do assassinato de dono de academia no RJ é preso

A polícia do Rio prendeu nesta segunda-feira (16) um homem que estava foragido e é suspeito de participar do sequestro e da morte do empresário Felipe Lavina Machado, dono de uma academia em Mesquita, na Baixada Fluminense. Luigi Cirino dos Santos, de 20 anos, foi preso por agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo as investigações, a namorada de Felipe, Elen Cury, foi cúmplice e encomendou a morte do companheiro. Ela também está presa e negou participação no assassinato.

Luigi foi preso na madrugada em Nova Iguaçu, onde estava escondido há cerca de três semanas. Ele confessou a participação no crime e teria dirigido o automóvel que fez o sequestro, mas diz que não sabe a relação de Elen com o crime.

Em seu depoimento ele afirma que foi chamado a participar por outra pessoa e aponta um dos dois homens que ainda não foi preso como o executor de Felipe.

Inicialmente, as investigações apontavam para um sequestro do qual Elen também teria sido vítima e de roubo seguido de morte. Elen diz que o casal dormia quando teve a casa invadida, antes de serem levados no carro da vítima junto com joias, celulares e uma quantia em dinheiro.

Participaram do sequestro outras três pessoas, além de Luigi. Dois estão sumidos, com a suspeita de que já teriam sido executados por traficantes, e um menor, que foi apreendido. Ele se entregou e delatou o esquema, a pedido do pai, que temia a morte do filho.

Namorada da vítima consolou ‘sogra’
À mãe de Felipe, dona Rita de Cássia da Silva, Elen teria dito pouco depois da morte do namorado. “Tia, não fica assim não. A Justiça será feita”, como revelou Rita nesta sexta-feira (13).

Outro fato que chamou a atenção da polícia foi a declaração de Elen sobre duas coronhadas que teria recebido durante o assalto. No entanto, policiais não perceberam nenhuma marca em seu rosto durante o enterro de Felipe.

Segundo a polícia, foram levados R$ 10 mil de um cofre na casa da vítima. O valor seria utilizado para pagar funcionários da academia. Elen saberia do dinheiro e, por ter intenção de roubá-lo, pode ser indiciada por latrocínio. Ela cumpre prisão temporária na própria Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e deve ser transferida para Bangu ainda nesta sexta.

Segundo o delegado Geniton Lopes, titular da DHBF, Elen pode ter tido a ideia de assassinar o namorado ou ter sido convencida por alguém próximo a ela. De acordo com as investigações, ela pretendia assumir os bens do empresário após sua morte.