Casos de coqueluche deixam Taubaté em estado de alerta

A Vigilância Epidemiológica de Taubaté está em alerta por causa da coqueluche. Segundo a prefeitura, só neste ano, já são 23 casos, contra 13 casos no ano passado e três casos em 2012.

“A criança tosse e não consegue respirar. A minha filha chegava a vomitar. E assim, quando começa a escurecer fica pior ainda”, afirmou a empresária Camila Romero. Ela conta que levou a filha de quatro anos ao médico. A menina passou por exames e o resultado foi positivo para coqueluche.

A doença foi tratada e a família também precisou de cuidados. “Eu tava gestante, então não podia tomar vacina. Mas ele disse que para o bebê não iria ter problema, porque eu já estava de oito meses. Depois que nascer, quem teve contato com minha filha teria que tomar vacina de novo”, disse.

A coqueluche é um doença infecciosa do sistema respiratório. Ela é transmitida, principalmente, pelas gotículas de saliva que se espalham no ar quando a pessoa infectada tosse. As crianças são as mais atingidas pela doença. Quanto menor a idade, maior o risco.

“A doença é mais notificada e diagnosticada nos pequenos porque ela se torna mais grave. Quanto menor a criança, ela tomou menos doses da vacina, tem o sistema mais delicado. No adulto o quadro pode ser mais tranquilo, mas é preciso o diagnóstico, para não passar pra nenhuma criança”, afirmou a médica da Vigilância Epidemiológica, Stella Zollner.

A preocupação com a doença vem crescendo nos últimos três anos. Segundo o levantamento da prefeitura, de janeiro a julho de 2014, Taubaté já registra um número sete vezes maior de casos positivos da doença comparado ao ano todo de 2012.

Para diminuir os riscos de contágio, os pais devem ficar atentos a vacinação dos filhos contra a doença. As doses são aplicadas nos postos de saúde do município.

“A coqueluche nos preocupa como doença reemergente. Ela estava muito controlada na década de 80, quando começou a vacinação. E há alguns anos ela tem aumentado no Brasil. A vigilância de todo o país está em alerta e preocupada, pedindo a todos para nos notificar os casos suspeitos”, disse a médica.