Agentes da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro fazem uma nova operação, na manhã desta quarta-feira (13), para cumprir 16 mandados de busca e apreensão no caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O foco dos policiais são documentos, celulares e computadores que possam ajudar nas investigações.
Entre os endereços estão imóveis relacionados a três PMs e um bombeiro militar. No início da manhã, os agentes do Ministério Público e da Polícia Civil faziam buscas na casa do bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade.
Até as 11h, cinco pessoas tinham chegado à Divisão de Homicídios para prestar depoimento. Além do bombeiro, dois policiais militares e outras duas pessoas serão ouvidas.
Operação Lume
Nesta terça, a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Ronnie é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista. Élcio teria dirigido o Cobalt usado no crime. O carro ficou de tocaia no endereço onde Marielle participava de um evento e a seguiu até o Estácio, onde ela e Anderson foram mortos.
Além das duas prisões, os agentes também cumpriram 32 mandados de busca e apreensão em vários endereços nesta terça-feira. Na ação, foram encontrados 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, e 500 munições na casa de um amigo de Ronnie, no Méier, Zona Norte da cidade.
As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas em um guarda-roupas – só faltavam os canos. O dono da casa, Alexandre Mota de Souza, afirmou para os policiais que Ronnie, seu amigo de infância, entregou as caixas, e pediu para guardá-las e não abri-las. Alexandre acabou preso sob a suspeita de tráfico de armas.
A polícia chegou nele rastreando um barco que seria de Ronnie e estaria no nome do amigo.
A operação desta terça foi batizada de Lume em referência a uma praça no Centro do Rio, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do PSOL.
Foto: Henrique Coelho / G1