Bancários de Piracicaba decidem se aceitam proposta para encerrar greve

As agências de bancos em Piracicaba (SP) permanecem fechadas nesta segunda-feira (26), o 21º dia da greve dos bancários na cidade. Uma assembleia deve decidir, à tarde, se a categoria aceita proposta de reajuste de 10% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para o encerramento da paralisação nos atendimentos, que começou dia 6 deste mês.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região (Sindban), a reunião para avaliação da proposta da Fenaban será na sede da entidade (Rua XV de Novembro, nº 549, Centro), a partir das 16h.

O Comando Nacional dos Bancários recomendou que a categoria aprove a proposta de reajuste salarial, o que pode marcar o fim da greve, conforme a assessoria do Sindban. Após várias negociações, os bancos ofereceram reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação.

A paralisação em Piracicaba fechou 95% das 60 agências da cidade, segundo o sindicato.

O que pedia a categoria
A greve foi iniciada no dia 6 de outubro. Os bancários pediram reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82.

A categoria também reivindicou vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada, incentivo para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.

Propostas dos bancos
A proposta inicial apresentada, e que foi rejeitada em assembleias, oferecia reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. Os bancos propuseram ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16). Na sexta-feira (23), no entanto, a Fenaban quase dobrou a proposta de reajuste salarial aos bancários.