O atacante Alan Kardec assinou nesta segunda-feira um contrato válido por cinco temporadas com o São Paulo e confirmou a transferência do Benfica (POR) para o clube do Morumbi, por 4,5 milhões de euros (R$ 14 milhões), que serão pagos à vista. Agora, só falta a rescisão formal do empréstimo com o Palmeiras para que o jogador possa vestir a camisa do novo clube e possa treinar no CT da Barra Funda.
“Já está tudo certo. Acertamos nossa parte com o Benfica, assinou, está tudo certo. Agora é só esperar o distrato com o Palmeiras, que deve acontecer de imediato”, disse o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, ao UOL Esporte.
O pagamento do São Paulo ao Benfica por Kardec será feito à vista porque sairá do saldo do empréstimo contraído com a Rede Globo, da antecipação de cotas de direitos de transmissão. O clube pegou R$ 50 milhões, pagou R$ 37 milhões em dívidas de curto prazo e usou o restante para investir na contratação.
Kardec tem contrato de empréstimo com o Palmeiras até 30 de junho, porém o clube já deixou claro que não utilizará mais o atacante. Por isso, deve iniciar o processo de rescisão tão logo receba o comunicado da assinatura do jogador com o São Paulo, para que não precise pagar os salários do atleta até o fim da data do empréstimo.
Apesar da assinatura, o atacante só poderá atuar pelo São Paulo a partir do dia 14 de julho, após a Copa do Mundo, porque sua transferência – do Benfica para o clube do Morumbi – é internacional e precisa acontecer dentro da janela.
O São Paulo entrou na negociação de Alan Kardec quando o atacante não chegou a um acordo com a diretoria palmeirense. Kardec chegou a aceitar renovação contratual com o Palmeiras por R$ 220 mil mensais, após conversa com o diretor José Carlos Brunoro e com o gerente de futebol Omar Feitosa. O presidente Paulo Nobre, no entanto, voltou atrás, ofereceu apenas R$ 200 mil e irritou o jogador e seu estafe, que foram ao mercado procurar interessados.
O acordo do São Paulo com Kardec irritou Paulo Nobre, que convocou entrevista coletiva para criticar a atitude do presidente Carlos Miguel Aidar. Nobre chamou o São Paulo de “sorrateiro e antiético”. Aidar, então, deu a resposta. Falou que a atitude do presidente rival foi “patética” e disse que o Palmeiras vem se “apequenando” nos últimos anos por atitudes dessa natureza.