Policiais civis prenderam neste fim de semana quatro suspeitos de participação no roubo de 718,9 kg de ouro no terminal de cargas do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Foram detidos o encarregado de despacho do aeroporto, Peterson Pattrício, de 33 anos, que disse à polícia ter sido mantido refém pela quadrilha; e um conhecido dele, chamado Peterson Brasil. A investigação aponta que foi Brasil quem convidou Pattrício a participar do assalto.
Outros dois homens, que não tiveram os nomes divulgados, também foram presos. Segundo investigadores, eles seriam os donos de um estacionamento usado pelos ladrões para estacionar caminhonetes usadas no roubo.
À polícia, Pattrício disse, inicialmente, que os criminosos o sequestraram no dia anterior ao assalto e que mantiveram também sua família refém. Segundo o suspeito, foi assim que a quadrilha teve acesso a informações privilegiadas sobre a rotina no terminal de cargas.
Segundo policiais responsáveis pela investigação, Pattrício confessou que foi cooptado pelos assaltantes.
A polícia já investigava a participação de alguém “de dentro” do aeroporto. “A dinâmica do fato nos leva fortemente a crer que existe pessoas que conheciam a rotina de uma área restrita de um aeroporto internacional, de um terminal de cargas de um aeroporto internacional”, disse o delegado João Carlos Miguel Hueb antes da prisão.
O ouro roubado é avaliado em cerca de R$ 110 milhões. Câmeras de segurança registraram a ação dentro do terminal.
Em nota, a GRU Airport, concessionária responsável pelo aeroporto, disse que “todas as informações referentes ao episódio ocorrido no último dia 25, no Terminal de Cargas do Aeroporto, estão sendo repassadas à Polícia Civil, que está liderando as investigações”.
A companhia acrescenta que “cumpre todas as normas internacionais e práticas de segurança pertinentes à segurança aeroportuária”.
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