Desde o dia 21, a rotina de Jhony é a mesma: sair de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, e ir até a região da Cracolândia, na Luz, procurar sua esposa, Giovanna. Nesta segunda-feira (29), nono dia de busca, ele distribuía uma folha com sua foto e perguntava por ela.
“Estou há vários dias sem dormir, sem comer, desesperado na rua. Para onde olho vejo ela”, disse Jhony Luiz Ambrosio de Oliveira, de 26 anos. Ele e a esposa, de 18, trabalham como marreteiros. Segundo ele, são funcionários da CPTM.
Jhony disse que a esposa saiu de casa no domingo, dia 21, após uma discussão “feia” do casal. “Quero pedir perdão, nem que seja ajoelhado. Só quero ela em casa, e não na rua”. O casal tem uma filha de um ano e oito meses que está em Minas Gerais, com o sogro de Jhony.
Ele disse que a esposa usa maconha e bebe, mas não acredita que ela esteja usando crack. Segundo Jhony, a esposa veio para a região para se hospedar em uma pensão. Nesta segunda, um morador da Rua Helvetia disse que tinha visto Giovanna.
Jhony disse que tentou fazer um boletim de ocorrência na delegacia da região da Cracolândia, mas que foi informado que só poderia fazer em Carapicuíba. Ele também abordou policiais militares da região e assistentes sociais da Prefeitura.
No final da tarde desta segunda, após o assistente dizer que ela não tinha feito cadastro para receber assistência, ele se desespera e chora. “Não aguento mais”.