A segurança do entorno da Esplanada dos Ministérios e dos palácios do governo federal vai contar com o acréscimo de 1,5 mil militares após os atos de vandalismo contra prédios das pastas do governo nesta quarta-feira (24). Desse montante, 1,3 mil homens são do Exército e 200 da Marinha. A medida ocorre após o presidente Michel Temer decretar Ação de Garantia da Lei e da Ordem.
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A decisão de Temer provocou atrito com o aliado e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em breve pronunciamento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o emprego das Forças Armados foi um pedido de Maia.
” […] o senhor presidente da República decretou a ação de Garantia da Lei e da Ordem. Neste instante já se encontram aqui neste palácio, no Itamaraty e logo mais estarão chegando tropas para que os prédios estejam seguros”, disse o ministro da Defesa.
O anúncio causou confusão na Câmara, onde deputados da base e da oposição trocaram socos e empurrões no plenário da Casa. Maia teve que se explicar, afirmando que solicitou o auxílio da Força Nacional de Segurança. O deputado distribuiu cópias do ofício encaminhado ao Planalto, no qual solicitava o envio de homens da Força Nacional.
Em um primeiro momento, as tropas vão ocupar o Palácio do Planalto, o Palácio do Itamaraty, o Ministério da Defesa e os Comandos da Marinha e da Aeronáutica. O decreto, que protege apenas os prédios públicos, tem validade até o dia 31 de maio. Conforme o Ministério da Defesa, “atos de vandalismo, por exemplo, que ocorram no gramado da Esplanada dos Ministérios, a ação será da Polícia Militar do Distrito Federal e demais órgãos de segurança pública do Distrito Federal”.
As Forças Armadas foram convocadas para garantir a segurança em grandes eventos como a Copa das Confederações, em 2013, quando houve uma série de protestos no país, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, no Rio de Janeiro. Também atuaram em situações extremas, como durante a greve de policiais no Espírito Santo.