Polícia Rodoviária Federal vai multar quem não cumprir os desbloqueios

A Polícia Rodoviária Federal está multando e identificando quem mantém as estradas bloqueadas. A multa é por infração de trânsito e descumprimento de decisão judicial para cada caminhoneiro.

“Isso varia de estrada para estrada, de liminar obtida, mas esse índice é de 5 a 10 mil reais por hora, que será cobrado daqueles que receberem a partir de agora essas multas”, diz José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça.

O acordo assinado por 11 entidades representativas dos caminhoneiros, na noite de quarta-feira, não foi cumprido por parte da categoria.

O governo se comprometeu a sancionar sem vetos a lei do caminhoneiro, que reduz o pedágio para caminhão sem carga, mas ainda existem divergências.

O governo assegurou que não haverá reajuste do óleo diesel nos próximos seis meses. Os caminhoneiros querem uma redução imediata do preço.

O governo também se dispôs a negociar com empresários e caminhoneiros um valor mínimo para o frete. Os caminhoneiros querem a fixação do valor de R$ 0,70 por eixo do caminhão por quilômetro rodado.

No Ministério da Justiça o governo monitora a movimentação nas rodovias brasileiras. Policiais rodoviários e integrantes da Força Nacional de Segurança recebem informações, de todo o país, 24 horas por dia.

Os dados são transferidos para um telão. Em verde estão as estradas que tiveram o tráfego liberado. Em vermelhos os trechos que permanecem bloqueados.

Nesta quinta-feira (26) não houve negociações, mas o governo diz que vai continuar dialogando com as lideranças que estiveram em Brasília. “O termo de acordo nosso é que o governo só espera o desbloqueio total das rodovias para começar a cumprir o acordo”, garante Regina Miki, secretária nacional de Segurança do Ministério da Justiça.

Um dos representantes do caminhoneiros disse que a demora em liberar as estradas é porque a paralisação não tem um comando central. “O acordo vai ser cumprido, sim, eu tenho certeza. Porque, aos poucos, as rodovias estão sendo liberadas e o informe vai chegando para os caminhoneiros e vai sendo liberado as rodovias”, acredita Everaldo Bastos, do Sindicato dos Transportes Autônomos de Cargas.