Jihadistas destroem parte do templo mais importante de Palmira

Jihadistas do grupo que se auto-intitula Estado Islâmico puseram dinamite numa parte de um dos templos mais importantes da cidade de Palmira, destruindo parcialmente a estrutura, segundo activistas locais.

Segundo estas fontes, trata-se de parte do Templo de Bel, que é considerado o mais importante da cidade antiga. Há uma semana, os extremistas destruíram o templo de Baal-Shamin, considerado o segundo mais importante de Palmira, cidade património da Humanidade da Unesco desde 1980 pelas importantes ruínas greco-romanas e que é ainda símbolo da convivência de várias culturas.

A agência AFP cita Mohammed Hassan al-Homsi, um activista em Palmira, que conta que os jihadistas usaram “recipientes e barris cheios de explosivos” para destruir o interior do templo.

Outro habitante da cidade relatou “uma explosão que um surdo ouviria”, segundo a BBC, dizendo que as colunas do templo estão por terra. Apenas uma parede do tempo terá ficado intacta, disse.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização com sede em Londres, também tinha a mesma informação, dizendo que no domingo os jihadistas tinham posto explosivos no interior do edifício deixando-o parcialmente destruído.

A notícia não foi confirmada pelo director-geral das Antiguidades e dos Museus da Síria, Maamoun Abdelkarim, que na semana passada anunciou a destruição do templo de Baal-Shamin.

Poucos dias depois da invasão de Palmira em Maio, os jihadistas divulgaram imagens do sítio arqueológico, e garantiram que iriam preservar a maioria dos monumentos, como as imponentes colunas e o Templo de Bel – de fora dessa lista, e marcadas para serem destruídas, ficaram as estátuas dos “ídolos que os infiéis adoraram”.

Há duas semanas, os jihadistas decapitaram o arqueólogo Khaled al-Assad, de 81 anos, responsável pelas antiguidades e pelos museus da cidade entre 1963 e 2003, e que continuava a ter um papel fundamental na sua preservação como consultor.