50 anos após Apollo, a China lança missão de ida e volta à Lua

Quarenta e cinco anos após Apollo 11 pousar em solo lunar, a China inicia sua corrida rumo ao espaço. Nesta sexta-feira (24), os asiáticos lançaram a primeira sonda espacial de ida e volta à Lua, em mais uma etapa do programa que pretende enviar astronautas ao satélite da Terra, fazendo a China se tornar o primeiro país asiático a enviar um ser humano para a Lua.

Segundo informou por meio de nota a Administração Estatal de Ciências, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional (SASTIND), o lançamento, que aconteceu na base espacial de Xichang, na província de Sichuan, “foi um sucesso”.

Agora, a sonda deve percorrer 413.000 quilômetros da Terra até o ponto mais distante em oito dias de missão. Depois, deverá pousar em uma região da Mongólia.

O sonho e o plano dos chineses é poder dentro de alguns anos enviar astronautas para a Lua. Isso, porém, deverá acontecer somente depois de 2025. Antes, os chineses estão testando sua tecnologia, especialmente para saber como será o retorno da sonda ao planeta, já que o módulo orbital precisará resistir na reentrada da Terra às elevadas temperaturas provocadas pela fricção do contato com a órbita terrestre, na qual penetrará a uma velocidade de 11,2 quilômetros por segundo, antes de reduzir a aceleração. Se tudo der certo, em 2017 a missão Chang’e-5 (nome da deusa da Lua na mitologia chinesa) deve coletar mostrar da superfície lunas.

A trajetória dos chineses pela corrida espacial é bastante parecida com a feita pelos norte-americanos em meados do século passado, quando o governo estadunidense iniciou o Projeto Apollo, em 1961. Até a Apollo 7, todas as missões foram não tripuladas. Em 20 de julho de 1969, a Apollo 11, tripulada Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin “Buzz” Aldrin, finalmente pousou em solo lunar.

Até aqui, os chineses têm obtido êxito em suas missões. No final do ano passado, o país conseguiu levar a sonda Chang’e-3 a pousar na Lua e deixar na superfície lunar um veículo teleguiado batizado de “Coelho de jade”, uma missão que foi considerada um “êxito total”. O veículo lunar, porém, teve alguns problemas mecânicos que o deixaram em prolongadas fases de “coma”.

A China destina bilhões de dólares ao programa espacial, considerado o símbolo da força da segunda maior economia do planeta.