A diretoria que vai assumir, em definitivo, o Cruzeiro no ano que vem já obteve êxito em duas missões: renovações do técnico Mano Menezese do goleiro Fábio. Há algumas semanas, trabalha em uma nova meta: adquirir 25% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo Diogo Barbosa. A Raposa tem até o dia 31 de dezembro para exercer a compra junto ao Coimbra no valor de 1 milhão de euros (3,7 milhões de reais na cotação atual). Entretanto, a tarefa não é das mais fáceis, já que o clube não tem dinheiro em caixa e, também, conta com concorrência no mercado.
– Se o Cruzeiro não exercer, é porque ele não quer. Aí vamos procurar um destino para o jogador – disse Hissa Elias Moyses, representante do Coimbra, clube do banco BMG.Para o Cruzeiro, é fundamental exercer o direito de compra. O clube tem contrato com Diogo Barbosa até dezembro de 2018, porém, os 75% dos direitos econômicos do jogador pertencem ao Coimbra e a um grupo de empresários. Se adquirir mais 25%, a Raposa passará a ter metade desses direitos, ou seja, 50% do passe. Com isso, a diretoria celeste terá maior poder de decisão em uma possível venda futura e, consequentemente, poderá lucrar mais.
Riscos
Segundo apurou o GloboEsporte.com, caso o Cruzeiro receba uma oferta a partir 4 milhões de euros, cerca de R$ 14,8 milhões, o clube mineiro tem que cobrir a proposta. Caso contrário, é obrigado a liberar o jogador. No entanto, o Coimbra e empresários que têm participação nos direitos econômicos de Diogo Barbosa têm intenção de liberá-lo apenas por um valor superior, na casa dos 7 milhões de euros, algo em torno de R$ 26 milhões.
Proposta recusada
De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, os representantes de Diogo Barbosa receberam, em agosto deste ano, uma proposta do Galatasaray, no valor de 4 milhões de euros. O time da Turquia estava disposto a investir, já que vendeu Lionel Carole, um dos jogadores da posição, ao Sevilla-ESP, na janela de transferências do meio do ano. Quem levou a oferta foi um representante do clube turco. O Cruzeiro estava em meio a competições importantes, como a Copa do Brasil, e a proposta foi recusada.