A Volkswagen dispensou cerca de 4,3 mil funcionários e paralisou a produção na fábrica de Taubaté nesta segunda-feira (30).
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a parada na produção é provocada pela falta de peças e afeta os trabalhadores de todos os turnos. A peça em falta não foi informada nem pelo sindicato nem pela montadora.
Desde setembro, a Volkswagen adotou a parada na produção diversas vezes em decorrência da falta de peças. Em novembro, foram outras duas paradas. No último dia 18, a parada foi provocada pela falta do revestimento do teto. Já no começo do mês, a paralisação foi pela falta de válvula do tanque de combustível, segundo o sindicato.
Além do day off (dia de folga), a unidade da Volkswagen em Taubaté também concede folgas desde o início do mês por meio do programa que reduz jornada e salários dos trabalhadores – Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Os funcionários não devem trabalhar em nenhuma sexta-feira neste mês.Ao todo, a redução na jornada afeta cerca de 3,7 mil funcionários da fábrica. Na cidade, a montadora emprega cerca de 5,2 mil trabalhadores. Não estão inclusos no programa profissionais como bombeiros, segurança patrimonial, manutenção, sub-estação, casa de máquinas e manutenção da pintura.
Segundo o sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, o calendário de folgas, durante o período de vigência do PPE, será feito mensalmente pela empresa. Pela proposta, o programa prevê a redução de 20% na jornada de trabalho e 10% nos salários dos trabalhadores por seis meses.
A adesão ao PPE foi aprovada pelos trabalhadores em setembro e aprovado pelo governo federal. Além da unidade de Taubaté, a empresa também prevê o PPE em suas outras unidades no país.
Em Taubaté, a Volkswagen produz os modelos Gol, Up! e Voyage. Para evitar demissões, a montadora já adotou medidas como o Programa de Demissão Voluntária (PDV), suspensão dos contratos de trabalho e férias coletivas.