A Volkswagen vai pedir adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) para sua fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo. A proposta de adesão foi apresentada aos trabalhadores em assembleia nesta terça-feira (29) e o pedido vai ser entregue pela empresa ao Ministério do Trabalho. Essa é a terceira unidade da montadora no país a solicitar o plano que reduz a jornada e salários.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, o modelo do PPE em Taubaté prevê a redução de 20% na jornada de trabalho e 10% nos salários dos trabalhadores. Com isso, todo efetivo, cerca de 5,2 mil trabalhadores da linha de produção, devem trabalhar de segunda a quinta-feira.
A previsão é que a medida tenha início em outubro e seja válida por período 6 meses, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Enquanto fizer parte do PPE, a Volks não pode realizar demissões sem justa causa.
O Ministério do Trabalho informou que ainda não recebeu o pedido. Após a empresa dar entrada, não há um prazo para resposta.
Em Taubaté, a A Volks produz os modelos Gol, Up! e Voyage e vem adotando mecanismos para evitar demissões, entre os quais estão Programa de Demissão Voluntária (PDV), suspensão dos contratos de trabalho e férias coletivas.
Layoff
De acordo com o sindicato, a multinacional anunciou ainda um novo ‘layoff’ para 150 funcionários no período de até cinco meses, a partir de 5 de outubro. A montadora não comentou essa decisão.
Nesta terça-feira (29), um grupo de 120 trabalhadores que estavam com os contratos de trabalho suspensos retornaram ao trabalho.
Suspende produção
Nesta quarta-feira (30), a produção do primeiro turno na unidade será novamente paralisada, por meio de um mecanismo chamado day-off (dia de folga). Segundo o o sindicato, a medida foi adotada por conta falta de peças. A multinacional não informou quais peças estariam em falta.