A última sessão ordinária antes do recesso parlamentar de julho, na noite desta quinta-feira (30), foi marcada pela aprovação do projeto que estabelece a (LDO) Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017.A LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro do governo no ano seguinte.
A proposta, de autoria da prefeitura, corria em rito urgente e precisava ser votada para que os outros 11 projetos que integram a pauta fossem votados, mas somente após o parecer do vereador Rogério Cyborg (PV) é que as emendas propostas pelos vereadores puderam entrar em votação. Foram 26 emendas apresentadas que solicitavam de asfalto a ligação de água e de iluminação pública a locação de casa para posto da Guarda Municipal.
Porém todas as 26 emendas propostas pelos vereadores foram rejeitadas por 11 votos a 9 . A bancada que apoia o governo do prefeito Carlinhos Almeida fez valer a maioria e aprovou o projeto sem emendas.
Nas justificativas de votação, utilizando do microfone começaram as acusações, vereadores da oposição e do Centrão, acusando a bancada governista de ser contra as propostas que beneficiam a população. De outro lado os vereadores da base apontando os erros que impediam as emendas de serem aprovadas.
O líder do governo, o vereador Macedo Bastos (DEM) afirmou que os vereadores da oposição tentam jogar a população contra o governo. “Apresentam propostas fora de prazo, com data errada. Querem tirar verba de um setor para aplicar em outro diferente, o que não é permitido. Se aprovássemos as emendas até os servidores municipais ficariam sem salários” disse.
Já o vereador Dilermando Dié (PSDB) acusou o governo de gastar demais com publicidade. “Se esse governo não fosse tão exibicionista e não gastasse 32 milhões com publicidade, seria possível atender as emendas” .
Orçamento
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro do governo no ano seguinte. Em audiência realizada no último dia 20, o secretário de Fazenda da prefeitura, Josmar Nunes, previu que o próximo ano será marcado por dificuldades.
Segundo a apresentação de Josmar, as despesas de custeio deverão consumir boa parte do orçamento de R$ 2,382 bilhões para o ano que vem, com R$ 875,2 milhões gastos em pessoal e encargos e R$ 1,069 bilhão em outras despesas, exceto salários. Sobrarão R$ 245,4 milhões para investimentos, sendo apenas R$ 24,5 milhões da receita própria e R$ 220,9 milhões de outras fontes.
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