O Valencia avisou nesta terça-feira, 23, que seus três torcedores presos por praticar crime de ódio contra Vinicius Júnior, do Real Madrid, serão banidos de frequentar o Estádio Mestalla pelo resto da vida. Em nota, o clube voltou a repudiar os gestos racistas contra o brasileiro, praticados no último domingo, 21, em partida válida pelo Campeonato Espanhol. Apesar disso, a diretoria alegou que a maioria de sua torcida não destilou preconceito contra o craque dos madrilenos e avisou: “Não podemos aceitar que o valencianismo seja rotulado como um hobby racista. Não é verdade. Pedimos respeito”. Fora o trio que torce para o Valencia, outros quatro homens foram detidos pela polícia por pendurarem um boneco com o uniforme de Vini Júnior em uma ponte da capital espanhola, em janeiro, simulando o enforcamento do atacante. Segundo a polícia da Espanha, três dos quatro detidos são “membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno”. O ato aconteceu após a vitória do Real Madrid por 3 a 1 contra o rival local, Atlético de Madrid, pela Copa do Rei.
Há anos demonstramos com ações concretas e consistentes que somos um clube de respeito. Nos últimos anos, o Valencia CF liderou a luta contra o racismo, exigindo o estabelecimento de protocolos contra este flagelo nos campos de futebol. E, em 2019, um torcedor foi banido do estádio para sempre por fazer gestos fascistas em um jogo fora de casa pela UEFA Europa League.
A partida contra o Real Madrid foi transmitida ao vivo e é totalmente falso que todo o estádio proferiu insultos racistas.
Tem havido muita confusão e desinformação nos últimos dias. O Valencia CF quer apelar à responsabilidade e ao rigor. Este é um tema muito delicado e todos precisam ser factuais e concretos com os fatos. Não podemos aceitar que o valencianismo seja rotulado como um hobby racista. Não é verdade. Pedimos respeito.
Não há lugar para o racismo no futebol ou na sociedade.