Em uma manhã agitada, o Complexo da Maré, situado na zona norte do Rio de Janeiro, foi palco de um intenso tiroteio que culminou na morte de um policial militar e deixou outro gravemente ferido. Dois suspeitos também morreram. O confronto teve início durante uma operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do RJ), que tinha como objetivo a captura de criminosos envolvidos com o roubo de veículos na região. Em um ato de represália, criminosos atearam fogo a um ônibus, ocasionando o fechamento temporário de duas importantes vias da cidade, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, gerando grandes engarrafamentos e transtornos diversos para a população local. Além disso, instaurou um clima de tensão em toda a área, afetando diretamente a rotina de milhares de cidadãos.
Escolas e unidades de saúde viram-se obrigadas a interromper suas atividades ou operar de maneira restrita, afetando aproximadamente 50 estabelecimentos. O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado para conter as chamas do ônibus incendiado, e as vias afetadas foram parcialmente liberadas após algumas horas. Apesar da reabertura, a sensação de insegurança permaneceu, levando à mobilização de um policiamento reforçado na tentativa de restabelecer a ordem na região.
Dois suspeitos foram presos até o momento. Os agentes do Bope, da Subsecretaria de Inteligência (SSI) e do 22° BPM da Polícia Militar seguem na região em busca de outros envolvidos no tiroteio. Este evento é mais um dentre os numerosos confrontos que têm caracterizado a luta contra o crime organizado na região metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com informações da plataforma Fogo Cruzado, o ano já contabiliza 41 agentes de segurança baleados em diferentes situações, incluindo 16 fatalidades, a maioria das vítimas sendo policiais militares. Especialistas e autoridades enfatizam a necessidade de estratégias mais eficazes e integradas para combater a violência e o domínio do tráfico de drogas, que assola extensas áreas da cidade.