O candidato à Prefeitura da capital pelo PRTB, Pablo Marçal, foi expulso do debate promovido pelo Flow na noite de segunda-feira (23/9), faltando apenas 10 segundos para o fim do programa, após insistir em atacar o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), apesar das advertências dadas pelo jornalista e mediador Carlos Tramontina.
Instantes após a expulsão de Marçal, um de seus assessores, o cinegrafista Nahuel Medina, deu um soco no rosto do marqueteiro da campanha de Nunes, Duda Lima, que deixou o Esporte Clube Sírio, na zona sul paulistana, sangrando e com tontura. Ele chegou a ir para a delegacia acompanhado de Nunes, mas o delegado o orientou a ir para o hospital, já na madrugada desta terça-feira (24/9).
Por sorteio, Marçal era o último dos seis candidatos que participaram do debate a fazer as considerações finais no debate, que havia durado duas horas e ocorrido de forma muito mais pacífica do que em encontros anteriores, com menos ofensas pessoais. Pelas regras do encontro, os candidatos não podiam escolher para quem fazer perguntas, o que engessou as estratégias de ataque.
As regras do debate proibiam ataques pessoais aos adversários e previam que, caso isso ocorresse, o mediador poderia advertir e até expulsar os candidatos. O influencer, que tinha dois minutos para fazer suas considerações finais, assim como seus adversários, usou os últimos 40 segundos finais para atacar Nunes, violando as regras.
Marçal passou a se dirigir ao prefeito como “bananinha” e prometeu que Nunes seria preso pela Polícia Federal (PF) por uma suposta ligação com um esquema de desvios de dinheiro público em creches municipais. Ele foi advertido duas vezes por Carlos Tramontina antes de ser expulso do debate. Na sequência, o jornalista e apresentador explicou o motivo da expulsão.
“No debate, ele [Marçal] se comportou como os outros, apresentando ideias, propostas”, iniciou Tramontina, durante a transmissão do Flow. “No final, como ele era o último a falar, ele iniciou com uma série acusações, de afirmações injuriosas, caluniosas, que, de acordo com regulamento, não podiam ser aceitas. Eu interrompi. Ele ficou bravo porque eu interrompi. Eu falei: ‘eu tenho autoridade para interromper, conforme as regras que o senhor assinou’”, continuou o jornalista.