Os trabalhadores da LG retomaram a greve na fábrica de Taubaté (SP) nesta segunda-feira (26). Os funcionários decidiram pela nova paralisação após recusarem a proposta de indenização da empresa pelo encerramento da produção na cidade.
A paralisação foi decidida em assembleia na última sexta-feira (23) quando a entidade apresentou a proposta de indenização da empresa. Esta é a segunda tentativa de acordo entre a empresa e os trabalhadores.
De acordo com o sindicato, nesta proposta os valores variavam de R$ 9,3 a R$ 51 mil, de acordo com o tempo de trabalho na empresa. Antes, a proposta variava de R$ 8 a R$ 35 mil. Os valores são pagos pela empresa como indenização social pelo fim da produção, que vai deixar 700 pessoas desempregadas diretamente.
Segundo o sindicato, com a recusa, as negociações com a empresa voltam ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Não foi definido prazo para a apresentação de um novo acordo.
Terceirizadas
A paralisação acompanha a greve das terceirizadas da empresa. Cerca de 430 funcionárias de empresas de Caçapava e São José dos Campos estão há 21 dias em greve. A LG é a única fornecedora das empresas que, com a saída, anunciaram o fim da produção e demissão.
Na semana passada as funcionárias fizeram protestos em frente à planta em Taubaté. Elas pedem a revisão da decisão de saída da cidade pela manutenção dos empregos. Caso a empresa não volte atrás, querem a equiparação da verba indenizatória, no mesmo valor que os trabalhadores da LG. Nas terceirizadas, a oferta foi de dois salários.
Fim da produção em Taubaté
A LG anunciou o encerramento global da produção de celulares e a transferência da linha de monitores e notebooks para a fábrica de Manaus (AM), onde já produz aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e outros eletrodomésticos da chamada linha branca.
A decisão de encerrar a produção em Taubaté está ligada principalmente na saída da sul-coreana do mercado de celulares. A fábrica no interior de São Paulo era a única da companhia no país voltada para a produção de smartphones.