A torcida do Atlético viveu uma noite de fúria no Independência. O motivo da raiva dos atleticanos foi a arbitragem de Marcelo de Lima Henrique, árbitro carioca filiado à Federação Pernambucana. Na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, os torcedores se revoltaram com várias marcações do dono do apito.
O primeiro ato da bronca alvinegra teve a participação do auxiliar de arbitragem Marlon Rafael Gomes de Oliveira. Dois impedimentos do ataque do Galo foram marcados de forma equivocada, em situações claras de gol. Depois de um deles, um copo de plástico foi arremessado em direção ao campo. Marcelo de Lima Henrique pegou o objeto e passou ao quarto árbitro. A torcida apontou o torcedor que cometeu a infração.O ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, decidiu ir às redes sociais para prestar sua queixa contra o diretor de arbitragem da CBF e o juiz da partida: “Sérgio Corrêa, infelizmente você tem camisa. Marcelo de Lima Henrique, você é vagabundo e ladrão”, escreveu no Twitter.
A raiva dos atleticanos aumentou com a expulsão de Marcos Rocha. O lateral apresentava futebol instável e reclamou de uma falta que não foi marcada. Como ele já tinha amarelo, acabou expulso. Isso foi no fim do primeiro tempo, e o trio de arbitragem deixou o gramado aos gritos de “vergonha”.
O estopim das críticas foi no segundo tempo quando Marcelo de Lima Henrique assinalou pênalti a favor do Furacão. No lance, Victor saiu do gol e se chocou com Ewandro, em lance polêmico. Os próprios paranaenses ficaram surpresos com a marcação. A partir daí, a torcida passou a gritar Corinthians. A ironia foi completada com os pedidos de “entrega a taça”. Os atleticanos se referiram aos frequentes erros a favor dos paulistas em algumas rodadas do Brasileiro.
Mais objetos foram arremessados no gramado, inclusive um tênis, e alguns torcedores subiram nos vidros de proteção do Independência. A Polícia Militar chegou a proteger uma parte que foi danificada. Os torcedores do setor Galo na Veia, local de onde dois copos foram atirados, mostraram para as autoridades os responsáveis pelo ato.
Ainda houve tempo no fim do jogo para mais reclamações no Horto. Lucas Pratto, que durante o jogo desperdiçou tres chances claras, sairia na cara do gol, mas o auxiliar levantou a bandeira. A impressão era de que o argentino tinha condição de jogo. Os gritos de vergonha ecoaram novamente, seguidos de manifestações de apoio dos torcedores ao time.