Um documentário sobre a cantora britânica Amy Winehouse, que morreu em julho de 2011 vítima de uma intoxicação alcoólica, está a magoar e a revoltar a família da artista.
Os críticos gostaram do filme, atribuindo-lhe pontuações elevadas em vários sites de crítica de cinema, mas o pai da artista, Mitch Winehouse, apelidou o documentário de impreciso e enganoso.
Em declarações à Associated Press, o pai da cantora acusa o realizador, Asif Kapadia, de retratar a família como fazendo muito pouco para ajudar Amy na luta contra a dependência do álcool e da droga.
“A equipa editou aquilo que eu disse de modo a sugerir que, tanto eu como o resto da família, éramos contra qualquer tipo de tratamento para a Amy. Mas, ao longo dos anos, levámo-la dezenas de vezes a tratamentos de desintoxicação e reabilitação”.
Amy Winehouse morreu aos 27 anos depois de travar uma batalha contra o álcool e as drogas.
O realizador defende o filme como um retrato da artista, construído com base em mais de cem entrevistas, incluindo amigos de infância de Amy e o primeiro manager. Também o ex-marido da cantora, produtores como Mark Ronson e Salaam Remi e o músico Bey colaboraram com o realizador.
Tony Bennett, que também participa no filme, onde interpreta vários temas da artista, afirmou que Amy era “a cantora de jazz mais autêntica”.
O pai da cantora garante ainda que o filme omite muitas das pessoas que estiveram perto de Amy nos últimos anos de vida da cantora.
“O filme retrata uma Amy numa espiral decadente entre 2008 e 2011. Não dá a entender que, apesar de ter havido maus momentos nos últimos anos da vida dela, também houve momentos maravilhosos”.