Começa nesta segunda-feira (4) a suspensão de contratos (layoff) de 108 trabalhadores da unidade da Ford em Taubaté, no interior de São Paulo. Segundo a montadora, a medida, que tem duração de cinco meses, tem como objetivo adequar o ritmo de produção à desaceleração do mercado.
Os funcionários afetados pelo layoff fazem parte dos complexos de motor, transmissão e fundição dos três turnos. O Sindicato dos Metalúrgicos informou que os trabalhadores em layoff foram escolhidos pela montadora, mas os critérios não foram divulgados. Ao todo, a fábrica emprega 1.800 trabalhadores.
No período, os 108 funcionários vão receber por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com complemento do rendimento pago pela multinacional. O pagamento é condicionado à realização de cursos de qualificação profissional.
Além do programa de layoff, a jornada de trabalho será reduzida para os demais cerca de 1,7 mil funcionários do complexo – de 42 horas semanais para 33 horas, o equivalente a um dia a menos de expediente. A medida, que não foi confirmada pela montadora, não implica em redução dos salários. As folgas serão convertidas em banco de horas, diz o sindicato.
PDV e férias coletivas
Além disso, a montadora mantém aberto um Programa de Demissão Voluntária (PDV), cujo benefício varia de acordo com o tempo de trabalho de cada funcionário. A empresa não informou as metas do programa, que acontece desde novembro de 2013.
Também como parte do pacote para evitar possíveis demissões, a Ford adotou em duas ocasiões neste ano as férias coletivas. A última aconteceu entre os dias 9 e 27 de junho e atingiram cerca de 80% do efetivo da montadora em Taubaté. Não há mais previsão de coletivas neste ano.
A Ford produz transmissões e motores Sigma 1.5, modelo que vai ser usado no novo Ka sedan e utilizado no New Fiesta. A unidade é a única no país que produz esse modelo de motor.