Supremo Tribunal Federal deverá divulgar nesta sexta-feira (19) o conteúdo das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato.
As delações já foram homologadas pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, e o sigilo do conteúdo das informações, retirado.
Desde a última quarta (17), quando o jornal “O Globo” noticiou pela primeira vez o que os irmãos Batista haviam informado aos investigadores, os impactos no mundo político têm sido os mais diversos.
No Congresso Nacional, por exemplo, surgiu o movimento a favor do impeachment do presidente Michel Temer, liderado pela oposição. Além disso, Aécio Neves (PSDB-MG) foi afastado do mandato de senador por determinação do STF (entenda mais abaixo).
Temer
Um dos principais pontos das delações dos donos da JBS revelado até agora é a gravação de uma conversa entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, em março deste ano.
Segundo o jornal “O Globo”, Joesley informou aos investigadores que, nessa conversa, ele e Temer discutiram a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Lava Jato, com o objetivo de evitar que ele fizesse delação.