Delegacias com problemas estruturais, viaturas sucateadas e baixo efetivo. Essa é a atual situação da Polícia Civil em Taubaté. Um levantamento feito pela reportagem mostra a realidade dos Distritos Policiais, as possíveis mudanças e a dificuldade de trabalho enfrentada pelos profissionais da segurança pública.
Entre os maiores problemas, está o 3 Distrito Policial localizado no bairro Parque Três Marias, parte alta da cidade. Sem ventilação, paredes rachadas, e até banheiro interditado. A promessa é de que o atendimento seja transferido para um espaço dentro da base do DER Departamento de Estrada e Rodagem, mas o processo não tem data para ter um resultado final.
Outro ponto possível de mudanças, é o atendimento do 2 DP, que seria transferido do bairro Estiva, para a região do Chácara do Visconde, Predio atualmente utilizado pela Secretaria da Agricultura do estado de São Paulo.
A reportagem localizou ainda um “cemitério” de viaturas da Polícia Civil. Carros parados e sem manutenção, alguns com água parada e até documentos abandonados. Um levantamento não oficial feito pelo jornalismo mostra que cerca de 50 viaturas aguardam para serem baixadas pelo estado.
Procurado, o delegado Seccional de Taubaté José Antônio Gonçalves, disse que o processo de mudanças do 2 e 3 DP já estão finalizados. “Aguardamos apenas a conclusão do projeto que vai mostrar quanto será investido nestas adequações de prédios, hoje não podemos reformar os atuais com recursos do estado por se tratarem de prédios pertencentes a prefeitura de Taubaté”, justificou o Delegado.
Com relação aos carros parados, o Seccional disse que,” são viaturas já sem condições de uso, a documentação de baixa já está sendo feita para que os veículos possam ter um destino final e assim receber do estado novas viaturas”, concluiu.
Efetivo
A falta de mão de obra é um gargalo sem fim. A DDM Delegacia de Defesa da Mulher de Taubaté, conta com apenas dois investigadores. A DIG Delegacia de Investigações Gerais presta atendimento para mais de 10 cidades. O número de municípios de abrangência é superior ao número de investigadores.
Em todo estado faltam mais de 13 mil profissionais segundo o Sindicato da Categoria.
“O que mais dificulta o serviço é a falta de pessoal, não temos um efetivo suficiente que possa dar um reposta rápida contra o crime. Fazemos o máximo, trabalhamos dobrado, mas infelizmente sabemos que falhamos com a população, não por vontade própria, mas por não ter o respaldo necessário do estado”, desabafou um investigador que pediu para não ser identificado