Dezoito policiais do batalhão de Taubaté foram presos em março em uma ação do Gaeco. Apuração da corregedoria apontou que eles forjavam flagrantes, recebiam propina e por evitar prisão de criminosos. Eles negam os crimes.
ezoito policiais militares de Taubaté, presos em uma operação do Gaeco, foram oficialmente afastados do cargo nesta quarta-feira (4) após publicação no Diário Oficial do Estado. As prisões em março integraram uma investigação sobre o envolvimento dos policiais com o tráfico de drogas. Dois deles também são suspeitos de um triplo homicídio, segundo a corregedoria da PM. Eles negam as acusações. (leia abaixo)
De acordo com o órgão da polícia, a partir do crime, eles apuraram a ação de um esquema em que os PMs evitavam apreensões em troca de propina, além de forjar flagrantes caso não fossem cumpridas as suas determinações.
No presídio militar Romão Gomes, em São Paulo, estão presos o subtente Richardson Alves de Alcântara; sargentos Roberto Ribeiro do Prado Filho; Aziel Nazareno Ferreira; Pedro Claro; cabos Rogério de Castro Gomes da Silva; Fabio Vaz dos Santos; Rogério Bastos da Silva; João Batista Lino Junior; Bruno Henrique da Costa; Valter Ferreira Flores; Márcio Alvarenga Fernandes; soldados Pablo Hernades Russi; Murilo Pacheco Vianna; Fabiano dos Santos Cursino; Fernando Rodrigo Domingues; Tiago Henrique Gonçalves da Silva; Jose Ruben Araújo de Oliveira Junior; Amadeu Benedito Lercan Ragazzini, sendo todos do 5º batalhão em Taubaté.
Na ação foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e forma recolhidas armas, munição, drogas, dinheiro e também de um veículo. Algumas das apreensões aconteceram no armário dos policiais, alvo da investigação, dentro da corporação. Na operação foram presos, ao todo, 20 policiais – dois não eram da cidade e não tiveram os nomes publicados no Diário Oficial.
Segundo o documento, eles seguem afastados do cargo até o fim do processo administrativo que tramita na Justiça Militar. Os salários deles seguem suspensos enquanto durar a detenção. Os policiais serão julgados na Justiça Militar e que apenas os homicídios serão analisado pela justiça comum – por causa do ato ter sido contra civis. Não há prazo.