Integrantes do programa social Minha Casa Minha Vida em São José dos Campos, que iriam participar do sorteio de casas populares nesta quarta-feira (25), foram surpreendidos com o resultado na pontuação entre os concorrentes.
Os moradores foram informados sobre suas respectivas situações por uma carta da prefeitura e reclamam critérios adotados. Eles estavam na expectativa de participar do sorteio, mas foram excluídos em uma prévia por baixa pontuação.
Segundo a prefeitura, a pontuação é feita de acordo com critérios instituídos pelo Ministério das Cidades e pelo município, como morar em área de risco ou ser desabrigado, ser deficiente físico, ter família chefiada por mulher, ter filhos menores de 13 anos, além do tempo de moradia no município e de cadastro no programa.
Quem se encaixa em cinco ou seis desses critérios tem prioridade no sorteio. Os demais, que tem até quatro pontos, entram numa fila de espera maior. Um sorteio prévio, pela Loteria Federal, indicou as famílias com pontuação de zero a quatro que poderão concorrer às casas.
Para a participante Débora Cristina Ribeiro, faltam esclarecimentos a respeito dos critérios. “As coisas precisam ser claras na prefeitura. Estou esperando há nove anos e tem pessoas selecionadas, que estão esperando há quatro anos. Vemos que estamos sendo injustiçados”, disse.
“Assustei ao ver que tenho três pontos só. Cadê as minhas prioridades? Minha filha tem deficiência e pago aluguel”, afirmou a auxiliar de limpeza Maria Aparecida Zamperlim.
Outro lado:
Atualmente, segundo a secretaria de Habitação, 14 mil famílias estão cadastradas esperando receber uma moradia popular em São José. Deste total, 672 participantes devem ser beneficiados com o sorteio de novas moradias que acontece nesta quarta-feira (25).
“A gente tem muita pessoa cadastrada que não mora na cidade e às vezes acabam perdendo um ponto. Algumas pessoas acabam não sendo classificadas naqueles critérios por causa de uma falta mínima nesse cadastro”, afirmou o secretário de Habitação Renato Valentim.