O número de presos recapturados após a fuga de 76 pessoas do presídio regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, subiu para cinco. Quatro homens foram recapturados no Paraguai e um no Brasil, de acordo com informações do “ABC Color”.
Os 76 presos escaparam ainda na madrugada de domingo (20) possivelmente por um túnel do presídio de Pedro Juan Caballero, que é uma cidade vizinha de Ponta Porã (Mato Grosso do Sul). Entre os fugitivos , 40 são brasileiros e 36 são paraguaios. Segundo o ministério da Justiça do Paraguai, eles são integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A prisão dos paraguaios Ronald Francisco Brítez López, Orlando Manuel Torres Verón e José Enrique Ullón Duarte aconteceu por volta de 23h30 (horário local) de segunda-feira (20) na cidade paraguaia de Concepción. Eles foram transferidos para Amambay, sede das investigações.
Na segunda-feira, as autoridades paraguaias já tinham anunciado a prisão do também paraguaio Sabio Darío González Figueredo, que cumpria pena por roubo, estava escondido em uma casa no bairro de San Juan, próxima à penitenciária.
Horas antes, um fugitivo brasileiro foi recapturado em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, pelo Departamento de Operações da Fronteira (DOF). De acordo com o DOF, ele tem 30 anos, é de Imperatriz (MA) e cumpria pena no presídio regional por tráfico de drogas há quatro anos.
Na lista de foragidos divulgada pelo Ministério da Justiça do Paraguai estão o brasileiro Timóteo Ferreira, apontado como líder da facção dentro do presídio. Também estão seis supostos integrantes do grupo de matadores de aluguel “Minotauro”, ligado ao narcotráfico. Eles atuam na fronteira e na semana passada buscavam deixar a prisão com uma ordem judicial.
Ainda no domingo, a ministra da Justiça, Cecilia Perez, afirmou que sua pasta denunciou ao Ministério Público um suposto plano de fuga e pagamento de 80 mil dólares (mais de R$ 330 mil) por parte de integrantes da facção criminosa para os funcionários da prisão regional de Pedro Juan Caballero, de acordo com o jornal “La Nación”. Ela chegou a colocar seu cargo à disposição, mas o presidente Mario Abdo Benitez não aceitou.
Foto: Cassiano Rolim/RPC