A Copa Paulista, principal competição de São Paulo para as equipes que não estão na disputa do Campeonato Brasileiro, no segundo semestre, nunca chamou muito a atenção das equipes do Vale do Paraíba e Região Bragantina. Grande prova disto é o histórico ruim dos clubes, desde a primeira edição do torneio, em 1987.
ogo na estreia da competição, que à época foi denominada como Torneio José Maria Marin, o único representante da região, o Jacareí, ficou com a pior campanha da edição. O time do Vale do Paraíba acumulou apenas um vitória, dois empates e cinco derrotas. Esta seria a primeira de muitas outras campanhas sem sucesso de clubes como o Taubaté e o São José EC, por exemplo.
Aliás, outro exemplo do quanto a Copa Paulista nunca foi prioridade no Vale do Paraíba e na Região Bragantina, é o do próprio São José EC. Clube da região com mais participações na história do campeonato, a Águia do Vale passou de fase em apenas duas vezes, entre dez oportunidades, sendo que nunca alcançou o mata-mata (quase sempre, realizado a partir das quartas de final).
Porém, mesmo havendo pouquíssimos exemplos de sucesso na competição, há quem se salve. Com algumas boas campanhas entre as cinco partipações, o Bragantino tem do que se orgulhar quando o assunto é o torneio estadual. Vice-campeão, em 2006, e um dos oito melhores em outras duas edições (2008 e 2016), o Massa Bruta é que tem a situação mais distinta dos demais.
E além das boas campanhas, estes desempenhos de destaque do Braga na Copa Paulista ainda acabam surgindo como indícios de resultados positivos também no ano seguinte. Após o vice-campeonato do torneio, o Massa Bruta conquistou o título da Série C do Brasileirão, em 2007, enquanto após chegar até as quartas de final, em 2016, o clube faturou o acesso para a Série A1 do Campeonato Paulista de 2018, com o segundo lugar da Série A2 desta temporada.
Mesmo fora da competição nesta edição, o Bragantino aparece como exemplo para outras equipes. O Atibaia participa da Copa Paulista pela primeira vez e logo na estreia, já vem fazendo boa campanha. Líder do Grupo 2 do torneio e invicto, com duas vitórias e quatro empates, o Falcão tenta usar o torneio para se preparar para o Campeonato Paulista da Série A3, no próximo ano.
Metodologia esta que também é utilizada pelo Taubaté, que vê a Copa Paulista como uma espécie de estágio para o Campeonato Paulista da Série A2 de 2018. O Burro da Central está na quinta posição do Grupo 3, contudo, está apenas dois pontos atrás do primeiro time do G4 na chave, o que permite aos taubateanos seguirem sonhando com a classificação à segunda fase, que não vem desde 2004.