Local foi inaugurado em agosto do ano passado para ‘esvaziar’ ruas dos Centro, ocupadas por ambulantes. Comerciantes reclamam que a localização do prédio não é favorável. Eles cobram fiscalização e que espaços fechados sejam repassados à fila de espera.
O shopping popular de Taubaté tem bancas ociosas e movimento considerado baixo. O prédio, construído pelo governo de Ortiz Jr. (PSDB) para conter o comércio ambulante nas ruas do Centro, enfrenta esvaziamento. Os comerciantes do local consideram que a principal causa dos problemas é a localização do camelódromo, considerada desfavorável. Eles cobram fiscalização da prefeitura para reocupar os boxes concedidos – mantidos fechados pelos donos.
O projeto do ‘camelódromo’ teve investimento de R$ 3,2 milhões e conta com 136 boxes em uma área próxima ao mercado municipal.
Na ocasião da entrega foi feito um sorteio para a escolha dos comerciantes contemplados com espaços no local. Depois da entrega, 60 estão na lista de espera por um box.
Os comerciantes explicaram que muitos não aguentaram o baixo movimento e pararam de funcionar. Eles reclamam que essa ‘fuga’ tem prejudicado os vendedores que permaneceram no local. Eles cobram além do repasse das bancas fechadas, também o remanejamento das bancas do piso superior para o piso inferior, além de fiscalização da administração municipal.
Keila Andrade tem um box de roupas no piso superior do shopping, onde foram contabilizados 16 boxes fechados. Ela trabalhava como ambulante na praça Dom Epaminondas e disse que o lucro foi reduzido em mais de dez vezes.
“As pessoas não sabem direito o que tem aqui. O espaço é todo fechado também, quem passa não vê o comércio. Com os boxes fechados embaixo, a pessoa que entra nem se dá ao trabalho de subir. Hoje vendo alguns acessórios e a minha venda diária não paga meu gasto do dia para trabalhar”, conta.
A comerciante ainda diz que chegou a solicitar a transferência para o piso térreo, mas não obteve autorização da prefeitura.
Em nota a prefeitura informou que foram abertos quatro processos de revogação de uso e que os locais devem ser cedidos a pessoas na fila de espera. Disse ainda que a cessão do box é em caráter precário e que tem feito fiscalizações de rotina no local.