Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram entrar em greve nesta terça-feira (7) no Vale do Paraíba, aderindo a um movimento que acontece em todo o país. Pela manhã, unidades de pelo menos sete cidades da região interromperam parcial ou totalmente o atendimento. A categoria reivindica aumento salarial e melhores condições de trabalho.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinspreve), entre os municípios atingidos pela paralisação estão São José dos Campos, Taubaté, Aparecida, Lorena, Campos do Jordão, Caraguatatuba e Bragança Paulista. A entidade não possui balanço geral dos funcionários que aderiram ao movimento nesta terça-feira na região.
Em São José, a maior cidade do Vale, o atendimento acontece apenas de forma parcial para serviços de perícia e reagendamento. Já em Taubaté, a unidade do INSS permanece fechada nesta terça-feira. Nas duas cidades, mais de mil aposentados e pensionistas devem ser afetados pela greve.
“Aqui na região está impraticável continuar atendendo a população na situação que estamos. Os funcionários estão com uma sobrecarga enorme, que acaba refletindo no atendimento à população”, afirmou a diretora da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) Rita de Cássia Pinto.
Os funcionários pedem um reajuste salarial de 27,5 % imediato, com aumento gradual durante os próximos quatro anos. Além do reajuste, os funcionários pedem também melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à população.
Nesta terça, a Fenasps, que representa a categoria nacionalmente, fará um reunião no Ministério do Planejamento, responsável pela gestão do órgão, para novas negociações.
Outro lado
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou, em nota, que os segurados que não forem atendidos por causa da paralisação terão o agendamento remarcado, mas considerará a data original de agendamento para evitar qualquer tipo de prejuízo financeiro a eles.