Faltando pouco mais de quatro meses para a Copa do Mundo Feminina, a seleção da França definiu a saída da técnica Corinne Diacre. A treinadora teve problemas de relacionamentos com atletas e, após três jogadores desistirem de disputar o Mundial, a federação francesa definiu a demissão da comandante.
“As inúmeras audições realizadas permitiram constatar uma divisão muito significativa com as jogadoras e evidenciaram uma discrepância com as exigências do altíssimo nível. Este rompimento chegou a um ponto sem volta que prejudica os interesses da seleção. A Federação Francesa de Futebol reconhece o envolvimento e a seriedade de Corinne Deacon e do seu staff no exercício da sua missão”, justificou a federação em nota oficial.
A então capitã Wendie Renard, uma das jogadoras mais importante do futebol europeu, com 142 jogos pela França, disse no dia 24 de fevereiro que não jogaria mais pela seleção, alegando que não poderia mais “endossar o sistema atual, longe dos requisitos exigidos pelo mais alto nível”. No mesmo dia, as atacantes Marie-Antoinette Katoto e Kadidiatou Diani também anunciaram a saída da equipe.
A França está na mesma chave do Brasil na Copa do Mundo, que será disputado na Austrália e na Nova Zelândia entre 20 de julho e 20 de agosto. As duas seleções vão se enfrentar no dia 29 de julho, em Brisbane, pela segunda rodada do Grupo F.
Mesmo sem ser citada diretamente pelas jogadoras, Diacre ficou em situação desconfortável, já que a treinadora acumulou, em seis anos à frente da equipe, problemas de relacionamento com diversas jogadores, muitas delas titulares, como a goleira Sarah Bouhaddi, a volante Amandine Henry e a atacante Eugenie Le Sommer, além do trio que se despediu da seleção.