A 10 dias do fim do contrato, o São Paulo mandou uma proposta de renovação para Diego Lugano. O zagueiro ainda não respondeu, mas está chateado com a maneira como o assunto foi conduzido. A decisão da diretoria foi motivada por discursos e gestos favoráveis à permanência do ídolo, por parte da torcida, do técnico Rogério Ceni e dos jogadores, numa rede social do goleiro Sidão.
Desde o início do ano, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva prorrogou o máximo que pôde uma decisão sobre o tema. Primeiro alegava estar em campanha eleitoral – a eleição ocorreu no dia 18 de abril –, e depois dizia que o assunto precisava ser mais bem analisado.
Uma das justificativas para tanta reflexão era o custo-benefício de quem atuou em apenas oito partidas. Mas, na visão de pessoas próximas ao zagueiro, é seu papel de brigar por melhorias para atletas e funcionários que incomoda o presidente. O jogador vai fazer 37 anos no dia 2 de novembro e tem, caso renove, uma despedida com homenagens previstas.
Lugano se sente bem fisicamente, sem lesões ou qualquer comprometimento físico, e por isso deseja continuar jogando. O contato formal do clube com seu empresário Juan Figer aconteceu no início da noite de segunda-feira. De acordo com pessoas próximas ao uruguaio, ele não tem gostado nada da exposição e de como o assunto tem sido tratado pela diretoria, que deixou a situação se estender até próximo do limite e criou enorme desgaste.
Capitão sempre que entra em campo, ato de respeito de Rogério Ceni à sua história no clube, Lugano valoriza o fato de não ter perdido um treino sequer há mais de um ano
Na semana passada, o técnico se colocou favorável publicamente à renovação, pela primeira vez. E também defendeu que Lugano tenha um jogo de despedida no fim do ano. No total, o ídolo tem 209 partidas e 13 gols pelo clube. Em 2005, foi protagonista das conquistas do Paulistão, da Libertadores e do Mundial de Clubes. Em 2006, participou da campanha do título brasileiro antes de ser negociado com o Fenerbahçe, da Turquia