O São Paulo demitiu o técnico Fernando Diniz nesta segunda-feira, um dia depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO. Ele não resistiu a uma crise pesada: o time não vence há sete jogos, seis deles pelo Brasileirão. Marcos Vizolli, auxiliar fixo da comissão do profissional, assume interinamente a equipe
Além de Diniz, sai o diretor-executivo Raí, ídolo do clube. Segundo nota publicada pelo São Paulo nesta segunda-feira, Raí pediu para deixar o cargo ao ser informado da demissão do treinador.
Contratado em setembro de 2019, o treinador deixa o clube sem conquistar nenhum título. Foram 74 jogos, com 34 vitórias, 20 empates e 20 derrotas. Em outras duas ocasiões, o treinador esteve suspenso, e o auxiliar Marcio Araújo o substituiu. Araújo, assim como Wagner Bertelli e Eduardo Zuma, membros da comissão técnica de Diniz, também foram demitidos.
A demissão de Fernando Diniz ocorre em um dos piores momentos do São Paulo na temporada. O Tricolor não venceu nenhuma vez no ano, foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil e caiu de líder para quarto colocado.
Com Diniz, nesta temporada, o São Paulo foi eliminado pelo Mirassol, nas quartas de final do Campeonato Paulista, caiu na fase de grupos da Libertadores, não passou pelo Lanús na Copa Sul-Americana e alcançou a semifinal da Copa do Brasil, mas foi derrotado pelo Grêmio.
Raí chegou ao clube em 2017 com a missão de comandar o departamento de futebol. O ídolo tricolor passou três anos sob críticas por causa das trocas constantes de treinadores e contratações que não deram certo. Ele não conseguiu tirar o São Paulo da fila de títulos, que já dura oito anos.
Apesar das frustrações em mata-matas, Diniz se manteve no comando do time graças à boa campanha do São Paulo no Brasileiro. A equipe liderou boa parte do torneio, mas não conseguiu se recuperar dos tropeços recentes.