A Prefeitura de São José dos Campos vai receber um lote com 3.000 vacinas contra febre amarela na próxima sexta-feira (3). A cidade tinha recebido 1.000 doses extras no início da semana, mas na terça-feira (31) se esgotaram devido à grande procura.
As cinco unidades de saúde encarregadas da vacinação ficam na Vila Maria, Vista Verde, Jardim Satélite, Jardim Morumbi e Santana. Para evitar a perda das doses, que tem validade de apenas seis horas após a abertura do frasco, o horário de aplicação será das 10h às 16h.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a imunização é indicada somente às pessoas que irão viajar para áreas endêmicas ou que enfrentam surtos da doença, como Minas Gerais, noroeste de São Paulo e estados do Norte e Nordeste. Essas regiões podem ser consultadas nas unidades básicas de saúde.
Em São José, não há registro de nenhum caso de febre amarela.
Contraindicações
A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses, crianças menores de um ano de idade, idosos e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo), por questões de imunologia. Entre meados de 2016 e janeiro deste ano, o Estado de São Paulo recebeu 2 milhões de doses da vacina do Ministério da Saúde, e está intensificando as ações de imunização.
Em todo o estado há 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, apenas quatro são do interior do estado, sendo um caso registrado na região, em Ubatuba. As demais são dos estados de Minas Gerais, Pará e Amazonas. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
Doença
De acordo com Sonia Khouri, professora, coordenadora do curso de Biomedicina da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), e doutora em Microbiologia e Imunologia pela USP (Universidade de São Paulo), “a febre amarela é uma doença infecciosa de caráter agudo, que causa febre de curta duração, de dez a 12 dias. Em alguns casos ela pode evoluir para um quadro mais grave, causando sintomas como a diarreia, vômito, e até insuficiência hepática, renal e hemorragia”. O quadro da infecção depende do grau de intensidade do vírus e do estado imunológico do hospedeiro. A doença é causada pelo agente etiológico do Arbovirus.