Técnico do Fortaleza disse ainda que se o deixassem trabalhar, o clube celeste não teria caído.
O Cruzeiro foi rebaixado para a Série B pela primeira vez em sua história e Rogério Ceni, técnico do Fortaleza, comentou os bastidores do clube em 2019, ano em que treinou a equipe celeste, mas não conseguiu evitar o rebaixamento.
Em entrevista para o jornalista ‘Mauro Cezar Pereira’, o treinador revelou que a situação no Cruzeiro foi um aprendizado e que espera estar à frente do Fortaleza até o fim da temporada.
“Profissionalmente o correto é seguir e fazer o trabalho. Mas no futebol brasileiro nem sempre é possível. Acho que foi um risco, não um erro, mas também um aprendizado. Tinha tudo para dar certo e o Cruzeiro não cair para a Série B, mesmo com todas as dificuldades financeiras e até com alguns atletas. Não deu e acabei voltando para o Fortaleza. Não pretendo sair. Existem equipes com mais poder aquisitivo e chances de ganhar títulos nacionais, mas minha ideia é seguir até o encerramento da competição, mesmo que o campeonato comece em agosto e vá ate janeiro.”
Rogério ainda falou sobre os bastidores da Raposa e o atrito com os jogadores.
“Eu não gosto de falar sobre os atletas, não costumo fazer isso. Vitórias e derrotas são parte do processo. A idade não é uma coisa que me faça escolher o jogador, ou não, mas sim o condicionamento físico e a capacidade técnica. No Cruzeiro tentei dar velocidade ao time. O que falei foi que não conseguiria colocá-los, todos juntos, em campo ao mesmo tempo, pois teria que fazer uma rodagem. Se eu coloco o Thiago Neves com o Fred e o Robinho, para meu estilo de jogo, mais agressivo e físico, não conseguiria fazer isso. Acho que eles ficaram um pouco magoados, mas faz parte da vida.”