Um artefato não identificado é localizado na vila dos atletas durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ou até mesmo dentro de um ginásio ou estádio de futebol. A ameaça pode representar um atentado terrorista contra países que disputam os jogos, além de uma agressão ao Brasil.
Para atuar numa eventual ameaça desse tipo, o Exército Brasileiro vai utilizar dois robôs do 2º Batalhão de Engenharia de Combate, sediado em Pindamonhangaba. Os equipamentos foram comprados para aumentar a capacidade de atuação do Exército no manuseio de explosivos. O objetivo é que o robô estabeleça o primeiro contato com o artefato explosivo, realizando a neutralização do material sem que seja necessária a exposição de seres humanos. Com isso, mortes podem ser evitadas.
“Os robôs são uma ferramenta do sistema. O sistema é constituído de partes que se integram para cumprir uma determinada finalidade”, disse o coronel Paulo Valença, adjunto do Núcleo da Diretoria de Material de Engenharia do Exército e ex-comandante do batalhão de Pinda.
Operação. No último dia 12, os robôs Teodor e Telemax participaram de uma apresentação operacional em Pinda. Antes, durante cinco semanas, 12 militares do Exército e cinco representantes da Força Nacional de Segurança Pública receberam instrução teórica e prática de técnicos e engenheiros da empresa alemã Telerob, que produziu os robôs.
“A instrução teve o propósito de capacitar os militares do Exército Brasileiro para ficar em condições de operar e realizar a manutenção dos equipamentos, que compõem esse sistema maior de desativação de artefatos explosivos”, afirmou o major Carlos José Silvério, do Departamento de Obras Militares. “O batalhão agora tem um núcleo de profissionais capacitados a operar com esses robôs de alta tecnologia”.
Os robôs. Telemax pesa 75 quilos e possui capacidade para operar em diversos tipos de terreno. Em Pinda, o aparelho subiu escadas. Entre outros acessórios, o robô conta com um aparelho inibidor de sinal, um aparelho de raios-X e um cano disruptor de água.
O robô leva ainda quatro câmeras que permitem ao operador controlá-lo mesmo fora do seu campo de visão. Segundo o Exército, o painel de controle pode ficar até a um quilômetro de distância do local da operação.
Mais robusto, o robô Teodor pesa 300 quilos e é capaz de carregar uma carga de até 100 quilos. Ele é equipado com uma arma de calibre 12 e pode realizar o arrombamento de portas. Ambos os robôs são movidos a bateria com autonomia de duas a quatro horas de trabalho ininterruptas.
Nas Olimpíadas, se entrarem em campo, os robôs poderão evitar tragédias. Seria equivalente a medalhas de ouro.
Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
(Fonte O Vale)