O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, será afastado das funções. A decisão foi tomada em uma reunião no Palácio Laranjeiras, que acabou por volta de 9h30 desta sexta-feira (16). Sá, no entanto, não será exonerado do cargo de secretário.
Diante da crescente onda de violência, o governo federal decidiu intervir no estado. O general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, foi escolhido como interventor militar e assume as funções de chefia na área de segurança. Uma reunião no quartel-general do Exército, em Brasília, deve definir detalhes da intervenção.
O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) deve fazer o anúncio do afastamento de Sá em uma entrevista coletiva que será dada em Brasília após a assinatura do descreto da intervenção. Ainda não há informação se coronéis do comando da PM também serão afastados.
Intervenção
O afastamento do secretário de Segurança ocorre pouco depois do anúncio da decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de decretar intervenção federal na segurança pública no Estado do Rio. O prazo da intervenção é até 31 de dezembro de 2018, último dia do governo de Pezão.
Com essa medida, as Forças Armadas assumem o comando das polícias Civil e Militar no estado. A decisão ainda terá que ser analisada pelo Congresso Nacional.
Durante a intervenção, a Constituição Federal não pode ser alterada, o que pode afetar o andamento a reforma da Previdência, que é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e tem votação marcada para a semana que vem na Câmara dos Deputados.
Dentro do governo, foi discutida a hipótese de suspender a intervenção durante a votação da Previdência, e depois retomá-la. Mas ainda não há definição sobre essa estratégia.